terça-feira, 7 de março de 2017

Macaronis Resort

Resolvi fazer um post só sobre o resort pra vocês não criarem uma expectativa muito diferente da realidade.

Foto: Margarita


Primeiramente o lugar é um paraíso real. O resort é a única coisa que existe na ilha. Logo, você não encontra ninguém numa longa caminhada, a não ser que seja hóspede do hotel. Essa foi a parte que mais amei.

Assim que chegamos, fomos recebidos com muitos sorrisos e pessoal amável. Não seria exagero dizer que viramos uma família. Hóspedes e staff. Ao chegar, somos convidados para uma reunião onde se explica sobre tsunamis, riscos à saúde e regras do hotel. Ganhamos uma garrafinha personalizada para facilitar o consumo e transporte de água.

Antes da Tsunami, o hotel era como aqueles bangalôs das Maldivas, dentro do mar. Porque na verdade ele não fica localizado de frente pra onda de Macaronis, e sim em frente a uma lagoa esmeralda de água salgada, onde, à direita, você vê um mangue de águas transparentes. Eu nuca tinha visto nada parecido. Só vi mangue marrom e fedido, mas o de lá é diferente. E dá pra ir de SUP ou caiaque. Então, estamos situados em frente a uma lagoa sem ondas, de onde dá pra ver os recifes láááá longe. Ao sair do hotel para uma caminhadinha na praia é possível encontrar os destroços do que eram os bangalôs. Vendo o tamanho e a espessura das estruturas restantes dá pra imaginar o quão avassalador foi o evento. Dá um arrepio.  

A praia


A praia é maravilhosa. Areia branca e fina, cercada de coqueiros carregados (as pessoas não tiram os cocos! Então cuidado! Tô falando sério!), mar de águas quentes e transparentes. E raso. Perfeito para crianças e mergulhadores medrosos. Passei muitas horas boiando e relaxando.

Manhê, tô no Off!

A estrutura atual do hotel é uma espécie de construção circular, onde o primeiro andar é o bar, refeitório e sala de jogos. Em anexo está a cozinha a qual não temos acesso e o escritório do staff. 

As refeições são servidas em horários específicos, existe um menu de opções diárias e às sextas rola um churras super animado. Enquanto estivemos lá, o chef era um senhor indonésio simpático que havia trabalhado em Singapura até o falecimento de sua esposa com câncer. Descobri tudo isso com uma conversinha rápida ao pôr do sol. Mentawai é mágico. Entendi que ele estava se curando ali. A comida era muito boa, apesar de meio estranha às vezes. Mas rolou japonês no jantar, lagosta que os meninos desenrolaram com uns pescadores e peixes pescados pela galera. Se você der sorte pode se deparar com umas delícias dessas. 

Se você não vive sem internet, calma! Tem wifi sim! Mas é via satélite, muito ruim. Nada de baixar filmes, hein?!

O segundo andar é onde ficam os quartos. Todos de frente pro mar. Todos com vista magnífica. O quarto é bem confortável. Tem uma cama de casal, ar condicionado, tv, banheiro com água quente e uma varandinha pra aproveitar a vista. O que mais curti foi o fato de não ter chave e sim uma senha para uma fechadura digital. É excelente para lugares praianos como uma ilha. E também me amarrei em ter a transmissão da onda ao vivo pela tv. 

Vista do nosso quarto

O terceiro andar é onde dorme a equipe que administra. Não subimos lá, mas eles disseram que tem radares de terremotos e aviso de tsunami, e caso aconteça, devemos todos subir e ficarmos todos lá. Com os mantimentos, e rezando pra nada pior acontecer. Aliás, mini terremotos são constantes, e sentimos alguns enquanto estivemos lá. Nada demais, apenas uma mareada rápida.

O hotel - foto da internet

Ainda no andar de baixo existe uma piscina de bom tamanho, uma casinha de massagens e uma casinha de academia/yoga. Tinha até uma argola lá que fiquei macaqueando. Também fiz yoga e massagem e super recomendo.

Piscininha de leve

No jardim em frente ao mar tem umas espreguiçadeiras onde passei horas lendo e tem um slackline no fundo de quem também fiquei amiga.

Existe um pier charmoso onde há uma campainha pra chamar os dings (barquinhos) que levam e trazem os meninos da onda. Lá no outside eles têm um barco de apoio pra galera do hotel, que até rola uma bintang pra comemorar os dias clássicos. É nesse barco que fica a câmera de transmissão.
Ding

O hotel disponibiliza caiaques, máscaras e pés de pato com snorkel, pranchas para iniciantes e intermediários, SUP, boias, e o material básico de cuidados pessoais em cestas coletivas como: parafina, protetor solar, repelente, hidratante e material de primeiros socorros para os beijinhos no coral.

Rolé de SUP e o Macaronis Resort ao fundo

Eles oferecem uma aula de surf gratuita para iniciantes. E havia uma equipe com dois fotógrafos para registrar tudo dos surfistas. Pacotes diferentes pagos em dolar.

Outra coisa bacana é que rola uns passeios também. Quando estive lá fomos à Bat cave e à vila dos pescadores. Falarei disso noutro post.

O pôr do sol no mar é imperdível!!

Os preços são diferenciados para surfistas e não surfistas. Eu paguei a metade do valor. 

Se você não gosta de natureza, não vive sem um shopping, não sabe ficar sozinho, não gosta de paz e sossego. Não vá. Você vai odiar! E não dá pra sair, porque o fastboat só sai às quartas e sábados, logo...

Acredite em mim, vi gente lá de muito mal humor por causa disso!!hahahaha Mas eu AMEI!!! 

Paraíso, surf e amor
Ah! E sobre minha mala... não havia loja pra comprar nada lá. Mas uma semana depois, junto com a galera, chega minha malinha linda!! Passei a usar uma roupa pra cada refeição, o que gerou uma piada interna e a galera se divertia muito com isso. Faltavam apenas 4 dias pra eu ir embora, mas pude reaver minhas coisas. Nunca fiquei tão feliz por ter posto um cadeado na mala! E a equipe do resort ganhou 10 por isso!! Super atenciosos!!

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