Quando um não surfista vai para uma surftrip pode ser uma tragédia. Mas, no meu caso, é sempre divertido. Amo viajar, amo a natureza e amo praia. Amo não fazer nada, ou fazer, amo ficar sozinha. Você pode ser diferente, mas essa sou eu.
EU, a estranha |
E pude perceber que várias pessoas são como eu. Junto da nossa caravana de chegada veio um casal em lua de mel em que ele surfava e ela não. Na semana seguinte chegou mais um casal em que nenhum dos dois surfava, eles eram irlandeses. E também uma pessoinha que veio a ser minha grande parceira. Bárbara, uma brasileira do sul que, como eu, estava no rol das surfistas de ondas possíveis! Coma a chegada dela tudo mudou. Tinha uma companheira pra conversar e, junto do casal irlandês, íamos a fishfingers, uma onda para iniciantes, pegar umas marolas perfeitas.
Mas antes disso eu estava só. A grande maioria dos hóspedes era homem. A única mulher era a recém casada e ela gostava de ficar só. E eu também. Não nos aproximamos.
Aproveitei meu tempo sozinha para praticar yoga na praia, boiar na água morna, meditar, ler, fazer palavras cruzadas, caminhar horas sozinha pela praia (até perceber que a maré enchia e voltar correndo), praticar um pouco de bahasa com o staff, fazer aula de yoga e massagem, ficar na piscina e dormir. Quando meu marido voltava, no fim de tarde íamos dar um rolé de SUP no mangue, fazer uma queda na minha onda preferida da vida e conversar com os brasileiros tomando uma bintang na piscina. Era um sonho.
Pôr do sol romântico |
Cheers |
Mas, a calmaria chegou, o swell se foi e o pessoal do hotel organizou um passeio de barco à bat cave no dia seguinte.
Prontos pra partir |
Foi uma galera. Saímos cedo, com o fastboat carregado de bebidas, comidas, pranchas, equipamento de mergulho e alegria. Viajamos umas boas 2 horas de barco até chegar a uma caverna esculpida pela água onde residem inúmero morcegos! Os meninos pularam na água e foram lá pra dentro espantá-los e criar um espetáculo pra nós.
Marido explorando antes de eu cair na água |
Depois mergulhamos e exploramos os corais maravilhosos. Natureza exuberante.
Pulamos de uma pedra de uns 5m e foi bem assutador, mas divertido.
Fomos nadando a uma prainha selvagem de onde corria um riacho até o mar. Foi incrível!
Havia uma ilha dessas de filme, pequeninha, de areia branca, com poucos coqueiros, que alcançamos remando, eu no SUP e o marido na prancha. Tentei surfar uma direitinha lá, mas não tive sucesso.
A caminho da ilha |
Voltamos pro hotel super satisfeitos com nosso passeio. Todos cansados e entupidos de sanduíche de pasta de amendoim.
Em outra ocasião fomos conhecer a vila de pescadores. Viajamos um tempinho de barco, cruzamos com pescadores artesanais, atravessamos um mangue onde achei que íamos encalhar e finalmente chegamos à vila. Fomos recebidos pelas crianças eufóricas. A vila muito simples e isolada. Pessoal vive de subexistência e pesca, e para minha surpresa havia uma igreja católica. A Indonésia é um país de maioria muçulmana, e Bali é hindu. Ainda não havia conhecido indonésios católicos. Sempre surpreendendo.
Chegada na vila |
Voltamos reflexivos depois de brincar, distribuir doces para as crianças e ver como somos abençoados com bens materiais. Mas nem por isso mais felizes que quem não tem nada.
Foram passeios incríveis e inclusos no valor pago pela hospedagem.
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